domingo, 15 de novembro de 2009

Onde?


Tava aqui pensando nessa vida como é que tá.
As pessoas querem um carro
E até mesmo um apartamento no Guarujá.
Querem festas, metas, multidões,
Um amor lá no fim dos quarteirões.
E agora a humildade, onde fica?
A cumplicidade, a amizade, o perdão?
A liberdade de dizer o que pensa e não ficar na mão?
O abraço dado, as palavras ditas, o senso de humor?
O silêncio, os risos, os passeios pela rua, pela lua?
Um alto-falante bem gigante era o que eu queria agora.
Pra dizer pra essa gente, que o que fere de repente,
Não é um tapa, um beliscão.
Mas sim o grande ego, a febre pelo mundo, os pés que não estão no chão.
São Longuinho, onde foi parar a via certa, a rua reta dessa contra mão de curvas?
Onde?

Nathalia

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Relativo, tão relativo que me perco!

Eu deveria viver mais, sério.
Eu fico chocada quando vejo a felicidade na mão das pessoas e elas não aproveitam, eu fico chocada com essa auto penitência de domingo à tarde, eu acho que eu deveria fazer como todo mundo: seria sentar no sofá e assistir o Faustão do lado do namorado, mas, sei lá... Eu olho pro lado e não era bem a parede que eu gostaria de ver, eu queria ver alguém feliz, ou simplesmente... sei lá...
Eu sei bem o que eu quero falar, mas é que tem horas que tudo me vêm à garganta, na ponta da língua, só que a vontade de dizer e o sistema nervoso funcionam melhor do que a capacidade da língua de falar, daí tropeça tudo, e nessa hora eu sei lá... É melhor ficar quieta e relaxar, isso acontece sempre não é: Então tá, uma vez a mais não faz diferença.
O que posso dizer agora é que eu sei o que eu quero, mas, nessa tarde de domingo eu sei lá... Só lá que eu sei, mas eu não sei onde fica lá... Lá pode ser daqui a alguns passos, lá pode ser daqui a uns 30 minutos, lá pode ser longe a anos. Lá, é lá que eu quero, soa mal mas é assim, a vida não é tão bonita, nem tudo deve estar certo, eu sou só um pouco confusa, mas é que aqui eu não sei. Agora da saudade de você e de mim, mas aqui e agora eu não sei, eu sei lá...
Eu sei, eu devia viver mais e pensar menos, eu devia falar mais e ouvir menos, eu devia chorar menos e sorrir mais, mas nada ainda é bom e bonito aqui, o que eu tenho a oferecer a não ser um círculo de indas e vindas, voltas em torno de um pensamento. Você voltaria pra uma pessoa que te magoou sem querer e que não tem nada a oferecer a não ser amizade, será que dá certo... será que não...
Enquanto esse roda muinho não abre, enquanto ele não passa, eu não sei o que fazer, eu sei lá...