Hoje, senti o gosto daquele sorvete gostoso
Amanhã, vou querer de novo
Reli o que já tinha lido
Falhei de novo, do mesmo jeito, no mesmo lugar
com algo diferente, falhei pior ainda.
Levei bronca, olhar feio, cara amarrada!
E só não chinelada
porque eu já cresci, porque já sou velha demais...
Queria ser criança, quando apanha resolve tudo...
Fiquei calada, olhei pra frente e pensei:
Amanhã vai ser diferente
Amanheci, tomei banho e escovei o dente
Mais um dia, mais gente, bola pra frente
Espera o sinal fechar
Está despersa do mundo...
A velhinha, esperta, atravessa antes
A heroína a fez correr e salvá-la
Salvá-la do sinal verde... Que vexame...
Apanhou, levou palmada!
"Louca! me solta! O sinal está verde! Os carros pararam!"
O mundo é normal, não é belo, não é perfeito...
Eu é que sou exagerada...
Chuva quando cai, cai pra todo mundo
O sol quando nasce também
Por que tudo é tão facil
E eu insisto em ver tudo mais além?
segunda-feira, 26 de julho de 2010
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Silêncio que ressoa
Lá está quente
Aqui está frio
Lá está cheio
Aqui, vazio
Meio cheio
Meia taça
Meia boca
Olhou no espelho
Viu uma planície
Vive em depressão
O companheiro acompanhou
Viveu ao lado
E só esteve presente
Não acresceu em nada
Como os doces quando acaba
E só restou o papel
As embalagens, as ferragens
Incrível, como pode...
Correu o mundo, colheu a fundo
E hoje, só restou os sapatos
Gastos e velhos
Que como ela, já não serve para nada.
Aqui está frio
Lá está cheio
Aqui, vazio
Meio cheio
Meia taça
Meia boca
Olhou no espelho
Viu uma planície
Vive em depressão
O companheiro acompanhou
Viveu ao lado
E só esteve presente
Não acresceu em nada
Como os doces quando acaba
E só restou o papel
As embalagens, as ferragens
Incrível, como pode...
Correu o mundo, colheu a fundo
E hoje, só restou os sapatos
Gastos e velhos
Que como ela, já não serve para nada.
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