E que a fria luz da razão não cale o azul da aura que me vestes.
Dá-me leveza nas mãos, faze de mim um nobre domador laçando acordes e versos dispersos do tempo pro templo do amor.
E se eu tiver que ficar nu, hei de envolver-me em pura poesia e dela farei minha casa,
minha asa, loucura de cada dia...
Dá-me o silêncio da noite para ovir o sapo namorando a lua.
Dá-me direito ao açoite, ao ócio, ao cio, à vadiagem pela rua.
Deixa-me perder a hora pra ter tempo de encontrar a rima, ver o mundo de dentro pra fora e a beleza que aflora de baixo pra cima.
Ó, meu pai. Dai-me o direito de dizer coisas sem sentido.
De não ter que ser perfeito, pretérito, sujeito, artigo definido.
De me apaixonar todo dia e ser mais jovem que meu filho,
de ir aprendendo com ele a magia de nunca perder o brilho.
Virar os dados do destino, de me contradizer, de não ter meta, me reinventar, ser meu próprio Deus.
Viver menino, morrer poeta.
Vander Lee - Alma Nua
5 comentários:
Desculpe a ignorância mas eh uma música do Vander lee? já tinha ouvido essas palavras antes... =\
Sim, sim!
Eu não coloquei, mas, vou corrigir isto, obrigada pelo toque :)
O nome é Alma Nua - Vander Lee
Manuuuuuuuuuuuuuuuu!
atualizei o blog! depois entra lá, certo?
beijos
bela musica (Y)
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